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  • Foto do escritorMaurício Bolzam

Qual é a raiz quadrada de mim mesmo?



Sempre me perguntei de onde surgiu essa ideia de “raiz quadrada”. Sempre imaginei uma raiz qualquer, de árvore, planta, mandioca e etc, na forma quadrada, mas nunca encontrei essa bizarrice da natureza. Então, de onde veio esse conceito “estúpido” de raiz quadrada? A explicação dessa “coisa” está bem distante do nosso tempo, há muito tempo, bem antes da era romana, ou seja, antes mesmo da era cristã. Isso se deve ao fato de que o filósofo grego Pitágoras, quando de seus estudos ocorridos no antigo Egito por sacerdotes, percebeu que havia uma relação matemática importante para três deuses egípcios, Osíris, Ísis e Hórus que, de acordo com textos egípcios sagrados, Osíris equivale um comprimento de 3 unidades quaisquer, Ísis equivale a 4 unidades e, finalmente, Hórus representa 5 unidades (veja a dissertação de Ferreira, 2013, para contextualização histórica). É possível explicar a relação de parentesco entre estes deuses através da seguinte relação matemática:

Essa relação indica que a soma do pai (Osíris) e da mãe (Ísis) é exatamente ao do filho se todos forem elevados (ao quadrado). O que o filósofo gregos Pitágoras fez foi nada mais do que popularizar esse conhecimento sagrado, de certo modo. Há estudos que mostram que os chineses já conheciam este teorema também, mas não é o caso de explorar isso agora.

Sim, toda a explicação anterior foi feita para mostrar que caso não a gente não conhece apenas um “dos deuses” do antigo Egito, supondo Ísis, então, precisamos encontrar o valor dela, logo:

Pronto, o valor de Ísis (x) será então? Bom, será o valor de qualquer lado de um conjunto de 16 quadrados idênticos, ou seja:

Para facilitar a conta é necessário utilizar o latim, sim, fica mais fácil:

Note que o símbolo da raiz quadrada veio da letra R. Além disso, o termo raiz é errado da tradução do latim “radix” que, na realidade, significa lado. Bom, agora já é tarde demais para consertar, porém nunca é tarde para saber a origem das coisas.


Fontes:

1. Ferreira, L. de L. A. O teorema de Pitágoras e suas demonstrações. Dissertação de Mestrado Profissional em Matemática. Universidade Estadual de Maringá. Acesso em http://www.profmat.uem.br/dissertacoes-2/Lucimeire.pdf, 2013.


2. Hórus. Wikipedia, acessado em 03/11/2019 por https://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%B3rus

3. Teorema de Pitágoras. Atividades Didáticas Baseadas em TIC, Universidade Federal de Santa Maria, acessado http://boltz.ccne.ufsm.br/st09/?q=node/63 em 03/11/2019.

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